quinta-feira, 1 de abril de 2021

Estudo Bíblico 106 - Lições espirituais do dia da expiação (Lv 16.5-16)

 


Introdução
    Esse texto sagrado revela o principal objetivo do Dia da Expiação e a sua importância na história de Israel (Lv 16.5-16). Apesar de haver sacrifícios diários pelo perdão dos pecados do povo, todo israelita sabia que o décimo dia do sétimo mês de cada ano acontecia o famoso "Dia da Expiação" (Lv 23.27). Era o dia em que o sumo sacerdote entrava no lugar santíssimo para fazer expiação pela nação de Israel. A "expiação" é a maneira pela qual Deus providencia o perdão e a reparação do pecado humano por meio de um ato redentor. E todos os atos realizados pelo sumo sacerdote no Dia Expiação eram apenas uma sombra da expiação definitiva que Jesus Cristo realizaria em prol de toda a humanidade por meio de sua morte redentora.

A importância da expiação nas Escrituras
1. Na primeira etapa, o sumo sacerdote deveria fazer expiação por si mesmo e por sua família (Lv 16.6). Só Jesus Cristo não precisou fazer expiação por si mesmo, pois Ele nunca pecou, "nem na sua boca se achou engano" (1Pe 2.22). Ele fez expiação apenas pelo povo (Hb 7.22-27).
2. Na segunda etapa, o sumo sacerdote entrava pela segunda vez no Lugar Santo, com o sangue do animal sacrificado, e o aspergia sete vezes sobre o propiciatório e diante dele (Lv 16.12-14). Jesus Cristo fez o sacrifício perfeito na cruz, de uma vez por todas (Hb 7.27).
3. Na terceira etapa, o sumo sacerdote matava o bode para a oferta pelo pecado, ultrapassava o véu pela terceira vez e fazia expiação pelo povo, pelo lugar santo e pelo altar do holocausto, por causa das impurezas dos filhos de Israel (Lv 16.15-16).
4. Na quarta etapa, o sumo sacerdote impunha as mãos sobre a cabeça do bode vivo, confessava os pecados do povo e enviava o bode emissário para o deserto; depois ele tirava as vestes de linho, ia lavar-se, colocava outra roupa e oferecia um holocausto por si e pelo povo, consumando a expiação por ambos (Lv 16.20-24).
5. Em Hb 10.4, o escritor sagrado afirma que "é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire pecados"; daí a necessidade de esse ritual ser repetido a cada ano, sob a antiga aliança (Lv 16.34), até o "Dia da Expiação universal", em que Cristo seria "oferecido uma vez, para tirar os pecados de muitos" (Hb 9.28; veja Mt 26.28; Jo 1.29).
6. Em Hb 9.22, é dito que "sem derramamento de sangue não há remissão". E, em Lv 17.11, que "é o sangue que fará expiação pela alma". Sem expiação, nenhuma alma se salvaria.
7. O pecado do homem clama por expiação e reparação da culpa; e isso acontecia por meio da morte de um substituto em lugar do homem. Entretanto, cada novilho, cada carneiro e cada bode que morriam no Dia da Expiação eram sombras do futuro Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29).
8. Portanto, a morte de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, foi: expiatória, o pecado foi expiado (Jo 1.29); voluntária, por um ato espontâneo de amor (Jo 15.13); vicária ou substitutiva, em favor de outras pessoas (1Pe 3.18), de miseráveis pecadores (Rm 5.8); propiciatória, o pecado foi coberto e a ira de Deus aplacada (1Jo 4.10); sacrificial, oferecida como um holocausto pelo perdão dos nossos pecados (Is 53.6-7; 1Co 5.7); e redentora, o preço pago, o seu próprio sangue, comprou-nos para Deus e nos trouxe salvação (Ef 1.7).
9. Jesus Cristo, o nosso Sumo Sacerdote perfeito e eterno cumpriu todos os atos redentores requerido no Dia da Expiação ao realizar a mais perfeita e definitiva expiação de todos os nossos pecados (Ef 1.7; Cl 1.13-14; Ap 1.5).
10. Em 1Jo 2.1-2, João escreveu: "Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo. E ele é a propiciação pelos nosso pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo". 

Conclusão
    Em Hb 7.26-27, o escritor da Carta aos Hebreus afirma que Jesus Cristo, o nosso Sumo Sacerdote, é "santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores", que ele foi feito mais sublime do que os céus e que não precisava, como os sumos sacerdotes, oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente, por seus próprios pecados e, depois, pelos do povo, "porque isso fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo".

Fonte: Bíblia do Pregador Pentecostal
Publicado por Ana Oliveira

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