Os conflitos normalmente são sintomas de um distanciamento provocado por alguma ocorrência do passado. Os desentendimentos entre cônjuges aparecem com frequência nas Escrituras. A descrição poética de Salomão da sua divergência com sua noiva mostra uma diferença de sentimentos, comunicação inadequada e falta de sincronia no processo de aprendizado da vivência amorosa. Abraão e Sara se desentenderam pelo fato de Sara não poder ter filhos da vivência amorosa. Abraão e Sara se desentenderam pelo fato de Sara não poder ter filhos (Gn 16.5), e o mesmo aconteceu com Jacó e Raquel (Gn 30.1-2). Quando Jó ficou enfermo, sua esposa discordou de sua reação em meio à dificuldade (Jó 2.9-10). O profeta Malaquias condenou os sacerdotes que haviam rompido seus votos matrimoniais e se recusado a repará-los (Ml 2.14-16).
Os desentendimentos são comuns, mas as Escrituras também oferecem orientação a esse respeito. Paulo e Pedro indicam formas de prevenir e resolver conflitos domésticos. Para os casais em desacordo em Corinto, Paulo escreve: "Deus vos tem chamado à paz" (1Co 7.15). Esse é o objetivo supremo. Pedro aconselha às esposas que estão passando por dificuldades no relacionamento com maridos incrédulos a conquistá-los por meio de um espírito sempre manso e tranquilo (1Pe 3.1-4).
A natureza humana não mudou. As competições e contendas só trazem dissabores. O amor, por outro lado, "tudo sofre... crê... espera... suporta" (1Co 13.7). Jesus nos ensinou a remover a trave do nosso olhos antes de tirar o argueiro dos olhos de outros (Mt 7.3-5).
A misericórdia é essencial para aliviar a tensão nos relacionamentos. Um espírito paciente, perdoador e tolerante aplaca as confrontações (Mq 6.8). A sensibilidade quanto ao momento certo de agir e falar também restaura a afeição. Não devemos permitir que os problemas criem raízes de amargura. O Novo Testamento adverte que devemos tratar da ira antes que o sol se ponha (Ef 4.26). Mesmo que nem tudo possa ser resolvido, o processo de paz deve ter início.
Por fim, devemos tomar a decisão de perdoar. Experimentamos tranquilidade quando permitimos que Cristo subjugue nossas mágoas. Jesus deu o exemplo de perdão (1Pe 2.23), e somente ele pode nos dar forças para colocar a vingança de lado e restaurar a harmonia nos relacionamentos. Os cristãos devem ser pacificadores (Mt 5.9).
Veja também Am 3.3; tópicos sobre Comunicação (Pv 15); Conflito (Mt 18); Perdão (Sl 51; Lc 17); Casamentos mistos (Ne 10); Casamento (Gn 2; 2Sm 6; Pv 5; Am 3; Jo 2; 2Co 13; Hb 13).
Fonte: Bíblia da Mulher
Publicado por Ana Oliveira
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