A inveja começa quando quando o contentamento dá lugar à consciência das vantagens que outros desfrutam e à determinação de obter essas vantagens - status social, bens materiais, elogios (Gn 26.14; 30.1; Sl 73.3). Desejar aquilo que os outros têm se tornou uma parte de nossa cultura abundante em bens materiais, na qual predomina a ideia de que a vida deve sempre caminhar para algo melhor, mais fácil e mais opulento.
De acordo com as Escrituras, a inveja coexiste com "toda maldade" e faz parte das listas de comportamentos censuráveis do Novo Testamento que incluem, entre coisas, a contenda, o egoísmo, a malícia, o dolo, a hipocrisia e a difamação (Rm 1.28-31; Fp 1.15; Tg 3.14-16; 1Pe 2.1-3). Quando temos inveja, deixamos de crer que Deus sabe o que é melhor e suprirá nossas necessidades.
Até mesmo uma mulher cristã é capaz de sentir inveja das coisas boas que outras pessoas receberam de Deus - um cargo de liderança, poder espiritual, relacionamentos familiares (especialmente filhos) ou dons espirituais e, com isso, deixar de realizar todo o seu potencial em Cristo Jesus. Ao buscar mais do que lhe é de direito, na verdade ela acaba com menos, um estado descrito na Bíblia como "definhar [da] alma" ou "podridão dos ossos" (Sl 106.13-15; Pv 14.30).
Só conseguimos escapar da inveja entregando nossos desejos a Deus para que o amor de Deus no seu devido tempo e por seus meios. Quando fazemos isso, descobrimos que o amor de Deus transforma nossas emoções. O contentamento com aquilo que temos e com as circunstâncias em que nos encontramos toma o lugar da inveja (Fp 4.11). Adquirimos uma perspectiva mais ampla daquilo que é verdadeiramente importante.
Veja também Mt 27.18; 1Co 13.4; 1Tm 6.3-5; tópicos sobre Amargura (Hb 12); Cobiça (Pv 30); Fruto do Espírito (Sl 86; Rm 5; 15; 1Co 10; 13; Gl 5; Ef 4; Cl 3; 2Ts 1; Ap 2); Ciúmes (Ct 8).
Fonte : Bíblia da Mulher
Publicado por Ana Oliveira
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