sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

AS sete Dispensações

 


    UMA DISPENSAÇÃO é um período de tempo no planejamento divino durante o qual Deus dá uma revelação especial e ordena que as pessoas observem àquela revelação específica. As Escrituras revelam sete dispensações distintas: inocência (Gn 1:28), consciência (3:7), governo humano (8:15), promessa (12:1), lei (Êx 19.1), a igreja (At 2:1) e o reino (Ap 20:4).

A dispensação da Inocência (Gn 1:28)
    Deus criou Adão e Eva totalmente inocentes e os colocou em um ambiente de perfeita harmonia. Deus estabeleceu um simples teste de obediência: Adão e Eva estavam proibidos de comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. Primeiramente Satanás tentou Eva e Adão escolheu juntar-se à rebelião de sua esposa. Ambos desobedeceram o teste de obediência de Deus e cederam ao pecado. A consequência de sua desobediência foi a sua expulsão do Éden.

A dispensação da Consciência (Gn 3:7)
    Como resultado da rebelião pecaminosa de Adão e Eva, as pessoas agora possuíam o conhecimento da diferença entre o bem e o mal. Deus revelou um novo teste de obediência. As pessoas deviam seguir os discernimentos da consciência, rejeitando o mal e seguindo o bem. No entanto, a humanidade falhou nesse teste de obediência também, resultando em corrupção e violência generalizadas. Consequentemente, Deus enviou um terrível dilúvio para destruir o mundo, deixando apenas oito sobreviventes da família de Noé.

A dispensação do Governo Humano (Gn 8:15)
    A família de Noé ficou encarregada de repovoar o mundo e organizar a sociedade que seguiria os princípios da lei de Deus. Essa nova dispensação envolveu a criação do governo humano, sob o comando de Deus, para proteger a santidade da vida humana e para governar com justiça sobre a terra. Embora Deus tenha autorizado o governo humano, a história registra tragicamente a falha da humanidade em governar com justiça. Os governos humanos têm sido marcados por crueldade, injustiça e corrupção. Essa dispensação do governo humano será colocada de lado quando Jesus Cristo retornar no Armagedom para estabelecer o seu reino em Jerusalém e governar a Terra com justiça para sempre.

A dispensação da Promessa (Gn 12:1)
    Essa dispensação revelou a intenção de Deus em usar Abrão e seus descendentes para trazer um Salvador para todas as pessoas. Abrão e seus descendentes tinham que ser obedientes e fiéis a Deus. Deus prometeu abençoá-los incondicionalmente (veja 15:15), fazer deles uma grande nação (veja 12:2) e dar-lhes a terra prometida como sua herança eterna (veja 15:18-21; 17:7-8). Além disso, Deus prometeu abençoar todos os que abençoassem Abrão e seus descendentes (veja 12:3), ao mesmo tempo que aqueles que amaldiçoassem Abrão e seus descendentes encontrariam julgamento. A história da ascensão e queda de muitos impérios pode ser entendida à luz dessa promessa de abençoar ou amaldiçoar aqueles que abençoam ou amaldiçoam a Israel.
    Essa dispensação da promessa não foi eliminada, apesar de os descendentes de Abrão não terem obedecido a Deus fielmente. Apesar de a dispensação da lei dada a Moisés no Monte Sinai (veja Êx 19:1-3) ter substituído a dispensação da promessa, a Bíblia contém muitas promessas sobre a benção futura de Israel e a restauração à Terra prometida (veja Is 44; 49; 51:3-9; Jr 31:3-14).

A dispensação da Lei (Êx 19:1)
    Essa dispensação cobriu o período de tempo do recebimento da Lei de Deus no Monte Sinai até a morte de Jesus Cristo na cruz. A humanidade havia falhado em cada um dos testes de obediência anteriores, mas Israel prometeu obedecer essa revelação da Lei de Deus. A Lei trouxe a Israel um estilo de vida divinamente sancionado e funcionava como um tutor ou um disciplinador para testar a obediência de Israel à vontade de Deus (veja Gl 3:24). Embora Deus exigisse os sacrifícios, retidão, rituais e cerimônias, esses sacrifícios não pudera,, por si mesmos, eliminar o pecado. A lei meramente apontava para a necessidade de uma salvação permanente através de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, morto pelos pecados do mundo. Tragicamente, a que Israel falhou no teste de obediência. Portanto, foi necessário que Deus enviasse Jesus Cristo para morrer como o perfeito sacrifício por todos os pecados.

A dispensação da Graça (At 2:1)
    Essa dispensação corresponde à era da igreja, começando na cruz e continuando até a ressurreição dos santos (veja 1Ts 4:13-17). Durante esse período de tempo, a humanidade enfrenta o teste de sua resposta à oferta de salvação de Deus, baseado no sacrifício e morte de Jesus. Muitos negarão ao apelo de Jesus e introduzirão falsas doutrinas na igreja (veja 1Tm 4:1-3). Outros escarnecerão e recusarão aceitar o dom gracioso de Deus. Outros ainda professarão verbalmente a fé em Cristo mas nunca se arrependerão verdadeiramente e juntar-se-ão à apostasia da falsa igreja durante os últimos dias. Essa dispensação da graça será concluída com o arrebatamento dos santos - aqueles que se arrependeram e amaram Jesus Cristo verdadeiramente - para o seu lar no céu.

A dispensação do Reino (Ap 20:4)
    Esta última dispensação conclui o plano de Deus de redenção para a humanidade, estabelece o seu reino eterno na terra e cumpre definitivamente as promessas inabaláveis de Deus a Israel, às nações gentias e à igreja. O Messias, Jesus Cristo, governará a terra do trono de Davi para sempre. A retidão e a justiça substituirão a opressão e a corrupção. Israel será restaurado e convertido. A consumação finalda dispensação desse reino iminente será a libertação da criação de suas cadeias desde o tempo do Éden.
    

Fonte: Bíblia Jeffrey - Estudos Proféticos
Publicado por Ana Oliveira





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