sábado, 14 de novembro de 2020

Estudo Bíblico 68 - O Deus de Israel é o Deus dos deuses (Êx 13.3)

 


Introdução
Esse texto sagrado reforça o grande memorial da libertação de Israel do Egito, quando o Deus de Israel usou sua "mão forte" contra as potestades do Egito, para libertar o seu povo da escravidão imposta pelo Faraó. As 10 (dez) pragas enviadas por Deus ao Egito, por meio de Moisés, tiveram o objetivo de confrontar as 10 (dez) principais "divindades" veneradas pelos egípcios e revelar o único Deus verdadeiro na terra. O único Deus com letra maiúscula é o nosso Deus, Ele é o Deus dos deuses. Alguns estudiosos das línguas originais da Bíblia o chamam de Elohei-Há-Elohim - "O Deus dos Deuses" (Dt 10.17).

O duelo do Deus de Israel contra os falsos deuses do Egito
1. Com a primeira praga, Deus feriu o rio Nilo, venerado pelos egípcios que tinhas as suas águas como sagradas. O Nilo é o maior rio do mundo, estendendo-se por cerca de 6.500km. Sua bacia hidrográfica é de 2.978.500 km2, servindo aproximadamente a 9 países, desde a região central de Uganda, na África, até o mar Mediterrâneo. Com essa praga, o "EU SOU O QUE SOU" (Êx 3.14) mostrou sua soberania como o Criador do maior rio do mundo, podendo fazer nele o que quisesse. Foi um gole do Deus dos Deuses contra Hapi, adorando como o deus responsável pelas inundações do Nilo, e contra Cnum, o suposto guardião do rio Nilo.
2. Com a segunda praga, Deus tornou nojenta aos egípcios as rãs, tidas por eles como sagradas. As rãs apareciam regularmente em abundância na metade do mês de dezembro, quando as águas do Nilo baixavam; eles eram, para os egípcios, um símbolo de fertilidade. Nessa praga, Deus desferiu um golpe em Ecte (ou Heket), uma suposta divindade representado por uma imagem com cabeça de sapo.
3. Com a terceira praga, Deus transformou o pó da terra, considerado sagrado no Egito, em piolhos. A partir dessa praga, os "magos" egípcios começaram a reconhecer a impotência de seus deuses diante do "dedo" do verdadeiro Deus da terra (Êx 8.19). Foi um golpe de Deus contra os principados e potestades do Egito que incitavam os magos Janes e Jambres a resistir a Moisés (2Tm 3.8), imitado o poder de Deus (Êx 7.11 - 12, 22; 8.7; 18 - 19). Com essa praga, Set, cultuado como o deus do deserto, foi desmoralizado. E, até mesmo o "pó da terra, considerado sagrado no Egito, converteu-se em insetos muito importunadores" (Paul Hoft).
4. Com a quarta praga, Deus convocou um enxame de moscas sobre a terra do Egito, com exceção da terra de Gósen, numa clara demonstração de seu senhorio sobre a terra do Egito (Êx 8.22-24). Com essa praga, Deus desferiu um golpe em Baal Zebude, "o senhor das moscas". Ficou bem claro para os egípcios a impotência do "senhor das moscas" de invadir a terra de Gósen, onde residia o povo do verdadeiro Senhor do Egito e toda a terra (Êx 8.22).
5. Com a quinta praga, Deus feriu com pestilência os animais, tido como sagrados para os egípcios. No Egito, eram adorados diversos deuses representados por animais: Amom, adorado em todo o Egito, era representado pela imagem de um carneiro; Ápio (ou Ápis) também era adorado em todo o Egito; era representado por um touro; Hátor, a suposta deusa protetora dos animais, tinha a cabeça de uma vaca. Com esta quinta praga, o Deus vivo de Israel demonstrou os egípcios que tais divindades, em forma de animais, não poderiam livrar-se nem elas mesmas, quanto mais eles (Êx 9.1-7).
6. Com a sexta praga, Deus feriu os homens, os animais e principalmente os magos com úlceras, numa clara demonstração de impotência daqueles feiticeiros e de seus deuses diante da potente e poderosa mão do Senhor. As cinzas que o sacerdotes egípcios espalharam como símbolo de bênçãos produziram úlceras (Êx 9.8-11).
7. Com a sétima praga, o Senhor Deus enviou trovões, chuvas de pedras e fogo sobre a terra do Egito, numa demonstração poderosa de seu domínio sobre os fenômenos da natureza, cujo poder os egípcios atribuíam a Gebe, o deus da terra, Nute, a deusa do céu, e a Su, o deus do ar, os quais eram venerados por eles. Porém, os egípcios que obedeceram a temeram ao Deus de Israel conseguiram salvar o seu gado e sua própria vida, reconhecendo que só havia livramento por parte do verdadeiro Senhor que fez os céus e a terra (Êx 9.13-26).
8. Com a oitava praga, Deus enviou um exército de gafanhotos para consumir a vegetação que havia sobrado da tempestade de saraiva. Os egípcios veneravam os deuses Ísis e Seráfis, que supostamente protegiam o Egito dos gafanhotos. Com essa praga, tais divindades se mostraram impotentes diante do golpe desferido pelo Deus verdadeiro (Êx 10.12-19).
9. Com a nona praga, Deus enviou trevas sobre a terra do Egito, num duro golpe contra o "deus sol" (Rá) e a "deusa lua" (She), que se mostraram impotentes diante daquele que "fez o sol para governar o dia... e a lua e as estrelas, para presidirem a noite" (Sl 136.8-9). O "deus" sol e a "deusa" lua não conseguiram impedir a escuridão enviada por três dias sobre a terra do Egito. Enquanto isso, os filhos de Israel tinham luz nas suas habitações (Êx 10.21-23).
10. Com a décima praga, Deus feriu todos os primogênito egípcios, inclusive o primogênito do Faraó, que se dizia "imortal" (Êx 12.29-30). Com essa última praga, Ísis, a suposta protetora do Egito, Min, o deus da reprodução, e Heket, a deusa auxiliadora do parto, foram desmoralizados pelo verdadeiro Deus.

Conclusão
As dez pragas enviadas por Deus ao Egito, por meio de Moisés, atingiram o cerne da religião egípcia. Sua terra fértil supostamente protegida por Hórus, o deus do Delta Ocidental do Nilo, foi atacada pelas pragas; seu rio sagrado, supostamente protegido por Cnum, o deus protetor do Nilo, foi transformado em sangue; seu sol glorioso, identificado como Rá, o deus sol, escureceu; e a té o filho do "divino" Faraó foi morto. Foi um verdadeiro massacre do Deus de Israel contra as divindades pagãs do Egito. Os prodígios que Deus enviou contra o Egito demonstram claramente que seus deuses não tinham poder diante do Deus vivo e verdadeiro de Israel. Não há Deus maior. Não há Deus melhor do que o nosso Deus! Cada suposta divindade das nações pagãs não passam de representações de entidades malignas disfarçadas de deuses. O Deus verdadeiro, com letra maiúscula, só existe um: o nosso Deus, o Deus vivo e verdadeiro que criou os céus e a terra. Isso faz o salmista indagar com muita propriedade: "Que deus é tão grande como nosso Deus?" (Sl 77.13b).

Fonte: Bíblia do Pregador Pentecostal
Publicado por Ana Oliveira

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