A profecia de Ezequiel sobre o renascimento de Israel e o seu preciso cumprimento em nossa geração em 15 de maio de 1948 é um dos maiores cumprimentos da profecia bíblica na história. Há vinte e cinco séculos, enquanto Ezequiel era escavo durante o cativeiro babilônio (606-536 a.C.), o Senhor revelou ao profeta Ezequiel o ano preciso - 1948 - quando Israel finalmente seria restaurado à terra prometida. A relação eterna dos judeus com a Terra Santa é um tema principal na profecia bíblica. Na Bíblia, o tempo durante o qual os judeus estariam exilados e o momento em que Deus permitiria que retornassem à Terra Santa foram especificados com detalhes precisos.
O Primeiro cativeiro - (egípcio) - 430 anos
O Senhor falou a Abraão com precisão sobre quando os judeus retornariam do Egito, seu primeiro cativeiro que durou 430 anos (Gn 15:13; Êx 12.40-41).
O Segundo cativeiro - (babilônico) - 70 anos
Semelhantemente, o segundo cativeiro de 70 anos na Babilônia, como registrado em Jr 25:11, terminou exatamente em 536 a.C. quando os judeus retornaram à Jerusalém como decretado pelo rei persa Ciro, o Grande.
O Terceiro cativeiro - (em todo o mundo) - 2520 anos
As Escrituras contêm inúmeras profecias sobre o retorno final dos judeus exilados à sua Terra Prometida nos "últimos dias". Ezequiel foi levado cativo à Babilônia. Ele estava ciente da profecia de Jeremias (Jr 25:11) de que o cativeiro dos judeus na Babilônia duraria setenta anos. Entretanto, Ezequiel recebeu uma outra profecia sobre o julgamento de Deus em relação a desobediência dos judeus e sobre a duração exata do exílio judaico.
"Isto será um sinal para a casa de Israel. Deita-te também sobre o teu lado esquerdo, e põe a iniquidade da casa de Israel sobre ele; de acordo com o número dos dias que te deitares sobre ele, tu suportarás suas iniquidades. Porque eu tenho assinalado sobre teus anos da sua iniquidade, de acordo com o número dos dias, trezentos e noventa dias; assim tu suportarás a iniquidade de casa de Israel. E, quando os tiveres cumprido, deita-te novamente sobre o teu lado direito, e suportarás a iniquidade da casa de Judá por quarenta dias; eu tenho designado para ti um dia por cada ano" (Ez 4:3-6).
Enquanto Ezequiel deitava-se sobre o seu lado esquerdo por algumas horas por 390 dias e depois por 40 dias sobre o teu lado direito, os judeus tomaram conhecimento da extraordinária profecia de Deus. O Senhor revelou que cada dia representaria um ano bíblico. Assim sendo, Israel seria punido por um período de 390 anos mais um tempo adicional de quarenta anos como resultado de sua desobediência às ordens de Deus, totalizando 430 anos. Deus declarou que Israel seria punido em um exílio no mundo inteiro por 430 anos (390+40 anos - 430 anos). Entretanto,como profetizado por Jeremias, o cativeiro babilônico de setenta anos de duração, que começou com a captura de Jerusalém por Nabucodonosor em 606 a.C., terminou na primavera de 536 a.C., no mês de Nisã (março/abril), quando apenas um pequeno remanescente dos judeus (24.360) retornou à Jerusalém (Ed 1:1-3) pelo decreto de Ciro, o Grande.
No entanto, a grande maioria de exilado judeus escolheu continuar no império pagão persa como colonos e comerciantes. Naturalmente, a maioria dos judeus nascidos e criados na Babilônia não tinha grande interesse de deixar suas fazendas e negócios para retornar à terra natal judaica desolada. A maioria dos judeus da Babilônia não se arrependeu de sua rebelião contra Deus e escolheu permanecer no império babilônico pagão.
O total de anos decretados por Deus a punição futura pelos pecados de Israel e Judá foi 430 anos (390 anos + 40 anos - 430 anos). Primeiro devemos deduzir os 70 anos do cativeiro babilônico, pelo qual Ezequiel e os exilados judeus já estavam passando e que terminou na primavera de 536 a.C. Portanto: 430 anos menos 70 anos na Babilônia = 360 anos. Isso indica que um período de 360 anos de exílio adicional se seguiria para os judeus após o fim do cativeiro babilônico em 536 a.C.
A Profecia de Ezequiel sobre o fim do Exílio de Israel
Entretanto, um estudo cuidadoso da história de Israel não consegue revelar nenhum evento significativo que corresponda a esse período de 460 anos de castigo adicional, seja no fim dos 430 anos ou no fim de 360 anos, tendo início no fim do cativeiro babilônico em 536 a.C. A maioria dos judeus(95%) nunca retornou da Babilônia para Israel. Na verdade, mesmo a maioria de 42.360 judeus (Ed 2:64) que de fato retornou o fez com muito pouca fé ou verdadeiro arrependimento. A maioria dos exilados judeus não se arrependeu de sua rebelião espiritual contra Deus e escolheu permanecer na Babilônia pagã.
A profecia inusitada de Ezequiel revelou a duração precisa da dispersão dos exilados judeus em todo o mundo e o tempo real de seu retorno profetizado à Terra Prometida em 15 de maio de 1948. A solução desse mistério profético encontra-se em um princípio divino revelado a Moisés e registrado em Levítico 26. Nesse capítulo, o Senhor estabeleceu promessas e punições definidas para Israel com base na obediência ou desobediência de Israel às ordens divinas. Em quatro passagens separadas, porém repetidas e registradas em Levítico 26, Deus advertiu Israel que: Se, depois de punido por seus pecados, continuasse a falhar em arrepender-se de sua rebelião, a punição declarada por Deus previamente seria multiplicada por sete (o número da completude divina.).
Moisés declarou o princípio do julgamento divino, caso os judeus não se arrependessem de sua rebelião pecaminosa contra Deus depois de já terem experimentado o castigo divino: "E, se ainda com tudo isso não me ouvirdes, então eu vos castigarei sete vezes mais por causa dos vossos pecados" (Lv 26.18; 26.21; 23-24; 27-28).
Em outras palavras, se Israel não se arrependesse de seus pecados depois da punição profetizada inicialmente, o castigo previsto anteriormente seria agora prolongado ou multiplicado por sete. Os relatos bíblicos revelam que, tragicamente, mesmo os cinco por cento dos judeus exilados que retornaram para Israel não se arrependeram verdadeiramente de sua rebelião.
Portanto, de acordo com o princípio divino de multiplicação por sete da punição anteriormente decretada devido à falta de arrependimento dos judeus, os 360 anos de punição aos judeus impenitentes exilados, como registrado em Ezequiel,seriam multiplicados por sete (Ez 4:4-6; Lv 26:19).
360 anos de exílio X7 = 2.520 anos bíblicos adicionais de exílio para os judeus.
O ano profético bíblico de 360 dias
A duração de um ano profético bíblico é de 360 dias e não os 365.25 dias de nosso moderno calendário solar Juliano. Nos tempos bíblicos antigos, o ano judaico era um ano lunar-solar que tinha 12 meses de trinta dias cada, totalizando 360 dias. O calendário solar moderno contém 365.25 dias. Um artigo sobre Cronologia na Enciclopédia Britânica declara que Abraão continuou a usar o calendário de 360 dias de sua terra natal babilônica quando migrou para Canaã.
O relato em Gênesis sobre o dilúvio de Noé confirmou que os povos antigos do Oriente Médio, incluindo os hebreus, usavam o ano lunar-solar de apenas 360 dias, com 12 meses de 30 dias cada. Gênesis registrou que os cinco meses do início do Dilúvio no décimo sétimo dia do segundo mês até o dia em que a Arca descansou sobre a terra seca, no décimo sétimo dia do sétimo mês, duraram precisamente 150 dias. Os cincos meses (30 dias cada) durante os quais as águas do dilúvio prevaleciam confirmam que a Bíblia usava um ano de 12 meses de 360 dias (Gn 7:11, 8:3-4).
Isaac Newton confirmou que o ano bíblico dos hebreus, babilônios e egípcios tinha apensa 360 dias. A Enciclopédia Britânica (6ª edição) confirma que Newton escreveu que "todas as nações, antes que a duração exata do ano solar fosse conhecido, ... quando faziam calendários para os seus festivais, atribuíam 30 dias ao calendário lunar, e 12 meses lunares ao ano, usando números mais redondos possíveis, quando veio a divisão do ano eclíptico em 360 graus."
Para entender o cumprimento preciso da profecia, precisamos fazer cálculos com base no ano bíblico lunar de 360 dias. Por exemplo, no livro de Apocalipse, João descreveu os últimos três anos e meio dos sete anos do período da Tribulação, quando o Anti-Cristo perseguirá a "mulher" (Israel), com a duração precisa de 1.260 dias (Ap 12:6). João também descreveu esse período dessa forma: um tempo, e tempos, e meio tempo" (Ap 12:14). Um "tempo" equivale a um ano de 360 dias; "tempos" equivalem a dois anos; e meio tempo equivale a meio ano. Semelhantemente, "quarenta e dois meses" de 30 dias casa equivalem aos mesmos 1.260 dias (Ap 13:5). As profecias dos livros de Apocalipse e Daniel (Dn 7:25; 9:24-27; 12:7; 12:11) confirmam o ano bíblico de 360 dias.
Portanto, a profecia de Ezequiel revelou que a restauração final dos judeus à sua Terra Prometida ocorreria precisamente 2.520 anos bíblicos (de 360 dias cada) após o fim do cativeiro babilônico na primavera de 536 a.C.
O fim do cativeiro na Babilônia, de acordo com a Bíblia e outros registros históricos - incluindo Flávio Josefo, ocorreu no mês de Nisã na primavera de 536 a.C. Essa data é o ponto inicial de nossos cálculos: 2.520 anos bíblico X 360 = 907.200 dias. Convertendo esse período de 907.200 dias para o nosso calendário anual de 365.25 dias: dividimo os 907.200 dias por 325.25 dias e calculamos o total de 2483,8 anos ou calendários solares. Nesse cálculo profético devemos ter em mente que houve apenas um ano entre a Páscoa em 1 a.C. e a Páscoa seguinte 1 d.C.
Lembrete: Não há ano zero a.C.
Portanto, Ezequiel profetizou que o fim do cativeiro de Israel em todo o mundo ocorreria depois que um período de 2,483.8 anos do calendário se passassem, subsequentes ao início do período profetizado sobre o exílio judaico na primavera de 536 a.C.
O cálculo da profecia sobre o Renascimento de Israel em 1948
O cativeiro babilônico terminou na primavera 536 a.C.
MAIS
O exílio de Israel (2520 anos bíblicos) = 2483.8 anos do calendário
Fim do terceiro cativeiro mundial em 15 de maio de 1948
2483.8
536.4
1947.4
Menos um ano (Não há ano entre 1 a.C. e 1 d.C.
19848.4
A nação de Israel foi Proclamada em 14 de Maio de 1948
A incrível precisão do cumprimento da profecia de Ezequiel em nossa geração nos leva a admirar o poder de Deus, tanto por profetizar o futuro quanto por fazer com que esses eventos históricos se cumprissem exatamente e precisamente como ele declarou e, dessa forma, preparando o cenário para o retorno de Jesus Cristo, o Messias.
Fonte: Bíblia Jeffrey - Estudos Proféticos
Publicado por Ana Oliveira
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