Introdução
Esse texto sagrado revela o caminho de José por seu irmão Benjamim. Benjamim é o décimo segundo filho de Jacó, e o segundo de Raquel, esposa preferida do patriarca. O nascimento de Benjamim trouxe graves complicações à sua mãe, Raquel, que veio a falecer por ocasião do parto. Por causa disso, enquanto ela ainda respirava, mandou colocar o nome de seu filho de "Benoni", que significa "filho da tristeza". Jacó, porém, corrigiu imediatamente o nome na "certidão de nascimento", mandando registrá-lo como "Benjamim", que significa "filho da minha destra". Benjamim teve sua sorte mudada logo após nascer. A história de Benjamim nos traz lições importantes para o nosso crescimento espiritual.
A importância de Benjamim nas Escrituras
1. De acordo com Gn 42.4, Benjamim era o protegido de Jacó, além de ser o filho caçula, era o único que lhe restava de Raquel, a mulher que Jacó amava; o velho patriarca achava que José já estava morto há anos (Gn 42.36).
2. Em Gn 42.18-24, vemos que, após provar o caráter de seus irmãos que foram comprar alimento no Egito, José exigiu que eles trouxessem ao Egito o irmão mais novo, deixando Simeão como garantia de quem Benjamim desceria ao Egito. Uma verdadeira manobra de José para matar as saudades de seu irmão caçula, Benjamim.
3. Em Gn 43.29, lemos que, ao ver o seu irmão Benjamim, que havia sido trazido ao Egito pelos seus irmãos, José o abençoou, dizendo: "Deus te abençoe, meu filho". E lhe deu uma porção cinco vezes maior do que a porção dos seus irmão (Gn 43.34).
4. Em Gn 44.1-24, lemos que, após tentar deter Benjamim no Egito, José provocou em Judá uma comovente e dramática exposição em defesa de seu irmão, a qual mexeu com as entranhas de José, levando-o a não se conter e a revelar-se aos seus irmão (Gn 45.1.-12). Portanto, apesar de não ser protagonista, Benjamim se comportou sempre como um bom coadjuvante!
5. Na Bíblia não é tecido nenhum comentário sobre o temperamento pessoal de Benjamim; porém, a descrição que Jacó deu de seu filho Benjamim, por ocasião da bênção patriarcal, oferece-nos uma pista sobre o pensamento que o patriarca nutria acerca dele: "Benjamim é lobo que despedaça; pela manhã, comerá a presa e,à tarde, repartirá o despojo" (Gn 49.27).
6. Em Jz 20.20-21, é dito: "E os homens de Israel saíram à peleja contra Benjamim; e ordenaram os homens de Israel contra eles a peleja ao pé de Gibeá. Então, os filhos de Benjamim saíram de Gibeá e derribaram por terra, naquele dia, vinte e dois mil homens de Israel". O velho patriarca conhecia muito bem o filho que tinha, e acertou quando disse: "Benjamim é lobo que despedaça" (Gn 49.27). Despedaçou seus próprios irmãos!
7. Em Jz 20.16, a Bíblia afirma que: "entre todo este povo havia setecentos homens escolhidos, canhotos, os quais atiravam com a funda uma pedra a um cabelo e não erravam". A capacidade bélica dos filhos de Benjamim era algo impressionante!
8. Em Jz 21.15, está escrito: "Então, o povo se arrependeu por causa de Benjamim, porquanto o Senhor tinha feito abertura nas tribos de Israel". O apoio dado pelos benjamitas aos filhos de Belial que abusaram da concubina de um homem israelita, na cidade de Gibeá, pertencente à tribo de Benjamim, provocou uma guerra interna; todas as demais tribos de Israel se uniram contra os benjamitas, quase provocando a eliminação dessa tribo guerreira, porém intransigente (Jz 19.1-30; 20.35-36).
9. Da tribo de Benjamim saiu o primeiro rei de Israel (1Sm 9.15-16). Entretanto, quando Saul saiu da direção divina, seus próprios irmãos benjamitas se aliaram a Davi para fazê-lo rei (1Cr 12.1-2).
10. Em Dt 33.12, Moisés também abençoou a tribo de Benjamim, dizendo: "De Benjamim disse: O amado do Senhor habitará seguro com ele; todo o dia o Senhor o protegerá, e ele morará entre os seus ombros." Quando houve a divisão do reino de Israel, Benjamim permaneceu fiel a Judá, a tribo messiânica (1Rs 12.16-24).
Conclusão
O temperamento de lobo que Benjamim possuía passou aos seus descente, os quais despedaçaram seus próprios irmãos, em conflitos internos. Entretanto, quis Deus, por sua infinita graça e misericórdia, transformar um "lobo", descendente de Benjamim, chamado Saulo de Tarso, que matava e prendia seus próprios irmãos, judeus, devido à sua fé cega no judaísmo, em uma ovelha de Cristo e premiar o mundo com Paulo, o maior apóstolo da História cristã (At. 9.1-20; Rm 11.1; Fp 3.5).
Fonte: Bíblia do Pregador Pentecostal
Publicado por Ana Oliveira
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