quinta-feira, 30 de setembro de 2021

NOMES DE FILHOS O que há por trás de um nome?

 


    Os hebreus acreditavam que dar nome a algo correspondia a abarcar e controlar aquilo que era nomeado. Assim, o nome dos filhos dizia respeito à sua "essência" - seus atributos, sua identidade ou suas peculiaridades.
    Encontramos no Antigo Testamento mais de 50 casos em que crianças recebem nomes com um significado. Alguns desses nomes se referem a acontecimentos associados ao nascimento ou à concepção da criança (Gn 17.19; 25.26; 1Sm 4.21). Deus ordenou que Oseias desse aos seus filhos nomes com uma mensagem profética para Israel (Os 1.4,6,9) - Jezreel significa "Meu castigo", L-Ruama quer dizer "Desfavorecida" e Lo-Ami é "Não-Meu-Povo".
    Muitas vezes, os nomes se referiam à linhagem de uma criança. O termo aramaico "bar" significa "filho de"; assim, Bartimeu quer dizer "filho de Timeu" (Mc 10.46). A palavra hebraica "ben" também significa "filho" e era associada com frequência a uma circustância ou situação Ben-Ami, por exemplo, significa "filho do meu povo", Benoni quer dizer "filho da minha aflição" e Benjamim significa "filho da minha mão direita" (veja Gn 19.38;35.18).
    Alguns pais da Bíblia receberam instruções específicas sobre o nome de seus filhos. Talvez os exemplos mais conhecidos sejam os de João Batista (Lc 1.57-66) e de Jesus (Lc 2.21). A mudança do nome de uma pessoa quase sempre corresponde a uma mudança no caráter ou na identidade da mesma, como quando Jesus mudou o nome de Simão para Pedro (Jo 1.42).

Veja também Mt 18.3, nota; tópicos sobre Filhos (2Sm 21; Sl 128; Pv 22; Lc 15); Família (Gn 32; 1Sm 3; Sl 78; 127); Herança (Pv 13); Tradições (1Sm 7).

Fonte: Bíblia da Mulher
Publicado por Ana Oliveira



quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Estudo Bíblico 119 - Lições Espirituais da vida de Levi (Nm 8.14)

 




Introdução
    Esse texto bíblico destaca a ordem do Senhor para que os levitas fossem separados para o serviço sagrado. Levi foi o terceiro filho de Jacó com Leia. Seu nome significa "unido", significado que está associado à declaração que sua mãe fez quando ele nasceu: "Agora, esta vez se ajuntará meu marido comigo... por isso chamou seu nome Levi" (Gn 29.34). Apesar de Levi ter participado com seu irmão Simeão  da vingança traiçoeira contra os homens de Siquém, Levi se redimiu ao longo de sua trajetória ao mostrar zelo espiritual pelas coisas de Deus. Isso lhe rendeu a escolha divina como a tribo sacerdotal. A vida de Levi e de seus descendentes nos traz profundas lições espirituais. Vejamos algumas.

A importância de Levi nas Escrituras
1. Levi e Simeão se uniram numa vingança brutal contra homens indefesos e vulneráveis, o que rendeu àqueles dois duras reprimendas e reprovações por parte de seu pai, Jacó, na hora de impetrar-lhes a bênção patriarcal (Gn 49.5-7). Levi, porém teve uma melhor sorte do que seu irmão Simeão no decorrer da história bíblica.
2. Em Êx 32.25-26, lemos: "E, vendo Moisés que o povo estava despido, porque Arão o havia despido para vergonha entre os seus inimigos, pôs-se em pé Moisés na porta do arraial e disse: Quem é do Senhor, venha até mim. Então, se ajuntaram a ele todos os filhos de Levi".
3. Após ter pecado contra o Senhor, na questão da idolatria do bezerro de ouro, o povo perdeu de vez a compostura e a vergonha, levando Moisés a colocá-lo no eixo novamente. Para isso, Moisés precisava que os israelitas saíssem de cima do muro e optassem pela fidelidade e lealdade ao Senhor. Então, os levitas se posicionaram do lado do Senhor, não poupando nem seus parentes envolvidos na idolatria. Este ato zeloso dos levitas lhe rendeu o privilégio e a honra de serem escolhidos por Deus como a tribo sacerdotal de Israel. Os levitas se tornaram a "elite espiritual" no que diz respeito ao ministério da Casa do Senhor (Nm 1.50-51; 1 Cr 15.2).
4. Em Nm 8.14, o próprio Deus confirmou a escolha de Levi para o ministério da Casa do Senhor, dizendo: "E separarás os levitas do meio dos filhos de Israel, para que os levitas meus sejam".
5. Em Nm 17.1-10, vemos que, quando a liderança espiritual da tribo de Levi foi questionada pelo povo, o próprio Deus confirmou a escolha dos levitas, fazendo o bordão de Arão florescer entre os doze bordões colocados diante do Senhor, cada um com o nome de uma das doze tribos de Israel.
6. Em Nm 25.1-13, a exemplo do ocorrido com o bezerro de ouro, Israel voltou a pecar contra o Senhor, envolvendo-se com mulheres idólatras que adoravam Baal-Peor; então, mais uma vez, um descendente de Levi, chamado Fineias, posicionou-se ao lado do Senhor, fazendo expiação pelos filhos de Israel, ao eliminar um homem israelita que praticava orgias sexuais em sua tenda com uma daquelas mulheres pagãs que adoravam a Baal-Peor. Esse zelo de Fineias pelas coisas espirituais rendeu a ele e a seus descendentes a promessa de um sacerdócio perpétuo (Nm 25.10-13).
7. Enquanto Simeão foi esquecido na bênção profética que Moisés proferiu sobre as tribos de Israel, Levi foi destacado por sua atuação sacerdotal. "E de Levi disse: Teu Tumim e teu Urim são para o teu amado, que tu provaste, em Massá, com que contendeste nas águas de Meribá... pois guardaram a tua palavra  e observaram o teu concerto. Ensinaram os teus juízos a Jacó e a tua lei a Israel; levaram incenso ao teu nariz e o holocausto sobre o teu altar..." (Dt 33.8-10).
8. Em 1Cr 15.2, vemos que, após uma tentativa frustrada de Davi de trazer a arca da aliança para Jerusalém sem a participação dos levitas, o rei teve que se render à ordenança divina: "Então disse Davi: Ninguém pode levar a arca de Deus, senão os levitas, porque o Senhor os elegeu, para levarem a arca do Senhor e o servirem eternamente". Em Hb 5.4, é dito: "E ninguém toma para si essa honra, senão o que é chamado por Deus, como Arão".
9. Ora, se a exclusividade do sacerdócio da Casa do Senhor foi dada a Arão, o que seria dos ministros de hoje que não são levitas e muito menos descendentes de Arão? É aí que Jesus Cristo entra mais uma vez para quebrar este monopólio sacerdotal. O escritor da Carta aos Hebreus explica isso: ""Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança de lei. Porque aquele de quem essas coisas se dizem pertence a outra tribo, da qual ninguém serviu ao altar; visto ser manifesto que nosso Senhor procedeu de Judá, e concernente a essa tribo nunca Moisés falou de sacerdócio" (Hb 7.12-14).
10. Em Hb 8.6, lemos a respeito de Jesus: "Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de um melhor concerto, que está confirmado em melhores promessas". Portanto, com base nisso, Jesus Cristo é "Aquele que nos ama, e em seu sangue nos lavou do nossos pecados, e nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu pai, a Ele, glória e poder para todo o sempre. Amém" (Ap 1.5-6).

Conclusão
    Aprendemos, por meio da vida de Levi, que Deus muda a nossa sorte para melhor e escreve uma história de sucesso para todos aqueles que se mostram zelosos para com Ele. E, agora, sob a nova aliança, somos os "levitas", separados pelo Senhor para uma grande obra. Se, no passado, eles tinham Arão como sumo sacerdote; no presente, nós temos Jesus Cristo, o nosso Sumo Sacerdote celestial e eterno!

Fonte: Bíblia do Pregador Pentecostal
Publicado por Ana Oliveira 

terça-feira, 21 de setembro de 2021

O Anticristo

     


EMBORA ESTEJAMOS muitas vezes inconscientes da guerra espiritual que acontece ao nosso redor, desde o momento da rebelião de Satanás contra Deus essa batalha espiritual tem afetado cada vida na terra. O emissário de Satanás, o anticristo, irá finalmente travar uma batalha com Jesus Cristo nos últimos dias para acabar com a guerra contra o bem e o mal. O anticristo será um mentiroso e um enganador porque ele é uma ferramenta de Satanás (veja 1Jo 2.22). Alguns sugerem que ele será um judeu eunuco ou um homossexual, já que Daniel advertiu que ele "não considerará o Deus dos seus pais, e nem o desejo de mulheres" (11.37). A AT e o NT usam vários nomes e títulos para descrever a carreira, a natureza e a derrota final desse enganador satânico pelo Messias.
    
O anticristo no Antigo Testamento

Semente de Satanás - A primeira profecia da Bíblia descreve o anticristo como semente de Satanás porque ele vai tentar fazer a vontade de seu pai, Satanás, o pai de todas as mentiras (veja Gn 3.15; Jo 8.44).
O Rei da Babilônia - Ele é chamado de "rei de Babilônia" (Is 14.4) porque ele fará com que a cidade reconstruída da Babilônia seja uma das capitais durante seu breve reinado.
Príncipe de Tiro - Ezequiel chamou o anticristo de o "príncipe de Tiro" (Ez 28.2), declarando que, embora ele seja possuído por Satanás, ele ainda será um homem e não um deus. O anticristo irá exaltar-se para ser adorado, exatamente do modo como Satanás exigia culto dos anjos decaídos.
O Pequeno Chifre - Daniel o chama de um "pequeno chifre" (7.9), em contraste com os dez chifres que representam as dez nações que surgirão do império romano renascido. Dotado de poderes satânicos, ele será um poderoso orador, capaz de impressionar as pessoas com seu discurso brilhante.
Um Rei de Semblante Feroz - O anticristo será "um rei de semblante violento" (8.32), um líder com uma aparência impressionante e grande carisma.
O Príncipe Que Há de vir - Daniel 9.26 diz que um povo viria para destruir Jerusalém e o templo. Os romanos cumpriram essa profecia em 70 d.C. Assim, o "Príncipe que virá "9.26) virá do império romano renascido.
O Rei Obstinado - Jesus veio fazer a vontade de seu pai (veja Lc 2.49). Em total contraste, o anticristo "fará conforme a sua vontade" (Dn 11.36).
A assíria - Antes de 608 a.C., a antiga Assíria ocupava a mesma área geográfica que a Babilônia. As palavras de Isaías podem identificar o anticristo como "a Assíria" (Is 10.24) por causa de seu futuro papel na Babilônia.
O Pastor Inútil - O anticristo é chamado o "pastor ídolo" (Zc 11.7) porque sua finalidade é usar, abandonar e destruir o rebanho de Deus em benefício de Satanás. Esse título também pode ser aplicado ao anticristo porque ele vai fazer uma imagem de si mesmo no templo reconstruído e exigir que as pessoas a adorem (veja Ap 13.14-15).
O Destruidor e o Violento - Isaías descreve o anticristo como "saqueador" e "extorque" (Is 16.4) porque ele tentará destruir todos que resistirem às suas reivindicações de ser um deus e utilizará a coerção para juntar grandes riquezas.
O Iníquo - O apóstolo Paulo descreve o anticristo como "o iníquio" (2Ts 2.8) porque ele se entregará totalmente aos desígnios de Satanás para destruir as pessoas e os propósitos de Deus.

O anticristo no Novo Testamento

O Homem do Pecado - Paulo nos diz que o anticristo não aparecerá até que tenha havido uma apostásia. Então, aquele "homem do pecado" (2Ts 2.3) será revelado após Deus ter removido o seu Espírito (veja 2Ts 2.6-7).
O Filho da perdição - Paulo chama o anticristo de "o filho da perdição" (2Ts 2.3) porque o anticristo está destinado a destruir e ser destruído por Deus. Judas Iscariotes era também conhecido por esse nome (veja Jo 17.13).
Anticristo - O título "anticristo" (1Jo 2.18) é o mais comumente usado para descrever esse último inimigo da humanidade. O anticristo aparecerá para imitar Jesus, mas será um imposto.
A Primeira Besta - O anticristo é identificado como "a besta" (Ap 11.7) que "surge no mar" (Ap 13.1). O mar geralmente retrata nações gentias, assim esse título indica o poder do anticristo dentro do reino de dez nações.
Aquele Que Vem Em Seu Próprio Nome - Embora as pessoas tenham rejeitado a alegação de que Jesus era o Messias, que veio em nome de seu pai, os judeus um dia aceitarão o anticristo, que virá "em seu próprio nome" (Jo 5.43).

A Profanação do Templo
    Daniel e Paulo mencionam a profanação do templo reconstruído quando o anticristo entrar no Santo dos Santos (veja 9.27; 2Ts 2.4). O que ele vai fazer lá é incerto, mas este ato certamente será classificado como "a abominação da desolação" (Mt 24.15), da qual Jesus advertiu seus discípulos que fugissem (veja Mt 24. 15-17). A ira de Deus vai ser instantaneamente derramada quando o anticristo profanar o templo na metade do período do acordo de sete anos. Isso acontecerá na última grande tribulação.
    Muitos judeus reconhecerão que o anticristo é o falso Messias quando ele profanar o templo. Quando esses judeus se rebelarem, Satanás então capacitará o anticristo sobrenaturalmente para combater os justos e atacar Israel enquanto os israelitas fogem para o deserto em busca de poder de Deus e proteção (veja Ap 12.17).

A Adoração ao Anticristo
    O anticristo sofrerá uma ferida mortal, mas será milagrosamente curado e restaurado (veja Ap 13.12-13). Após esse milagre, o falso profeta convencerá o mundo de que o anticristo é o tão esperado Messias. O falso profeta forçara todos sob a jurisdição do seu governo mundial a adorar o anticristo. Desse ponto em diante, haverá guerra espiritual e física por três anos e meio para aqueles que escolherem servir a Deus.

A Destruição do Anticristo
    Nos últimos anos de tribulação, os reis do oriente vão mobilizar um grande exército de rebeldes contra a tirania do anticristo (veja Ap 9.16). Eles marcharão pela Ásia, matando um terço da humanidade enquanto se deslocam em direção ao Armagedon (veja Ap 9.18). quando eles se aproximarem do rio Eufrates, este se secará para permitir que esse exército marche em seu leito seco para a batalha final do Armagedon (veja Ap 9.14-15; 16.12).
    Quando os exércitos enormes dos reis do Leste, norte sul e a federação de dez nações do anticristo aderirem à batalha, Jesus Cristo descerá com seu exército celestial de santos para derrotar o anticristo e seus aliados (veja Ap 19.19-21). O anticristo e o falso profeta serão lançados no lago de fogo, enquanto a espada do Senhor mata seus aliados. Um remanescente do exército do anticristo escapará e invadirá Jerusalém para destruir o último dos exércitos ímpios e salvar todos os judeus que se arrependerem (veja Zc 12.8-11; 14.1-5). Cristo, em seguida, entrará no templo reconstruído através do portão leste recém-inaugurado e estabelecerá o reino milenar (veja Ez 43.1-5).

DANIEL DA COVA DOS LEÕES

"(...) Ó Daniel, servo do Deus vivo, o teu Deus, a quem tu continuamente serves, foi capaz de livrar-te dos leões?" (Daniel 6.20)

O rei persa grita, desesperado, ao se aproximar da cova.
Quando a Babilônia é derrotada por invasores persas em 539 a.C., o novo governador coloca o idoso Daniel no topo de sua pirâmide política. Daniel se torna um dos três principais administradores no comando do novo império de 120 províncias.
O rei, de acordo com a história, é Dario, e o medo. Mas esse nome não consta na lista de reis dos medos, ao norte do Iraque atual. O nome também não é mostrado na lista dos persas, no sul do Irã. Ciro foi o primeiro rei do império persa. Então, alguns especialistas se perguntam se Dario foi um governante que Ciro colocou no comando da região. Afinal de contas, Daniel não o chama de rei da Pérsia - somente o novo rei da Babilônia.
Independentemente de quem Dario seja, o favor que ele mostra a Daniel alimenta os ciúmes dos outros administradores. Eles planejam a queda de Daniel. É irônico que eles tenham decidido que Deus era o calcanhar de Aquiles de Daniel - Deus como seu ponto fraco.
 Sabendo que Daniel orava três vezes ao dia, eles convenceram Dario a assinar uma lei irrevogável sobre a oração. A lei requeria que todos os cidadãos jurassem fidelidade a Dario a orar somente a ele pelos 30 dias seguintes.



Fonte: Bíblia Jefrey - Estudos Proféticos
Publicado por Ana Oliveira