sexta-feira, 25 de junho de 2021

Sofrimento Experimentando a Bondade de Deus em Meio à Aflição

 


    Em nenhuma circunstância a bondade de Deus é tão aparente quanto em meio ao sofrimento. Sua história de cuidado providencial e livramento do seu povo é uma lembrança constante para todas as gerações de que ele nos ajuda a atravessar todas as adversidades e tribulações. Sua presença é suficiente para lançar fora o medo. Seu poder é suficiente para nos livrar do desespero e seu propósito maior é sempre o nosso bem (Rm 8.28).
  Grande parte do nosso sofrimento como seres humanos é decorrente de circunstância fora do nosso controle ou associadas a relacionamentos.
    Todos são afetados por circunstâncias que provocam sofrimento. Maria Madalena, por exemplo, havia sido possuída por demônios. Ela deu testemunho do sofrimento físico e mental que suportou antes de encontrar Jesus. Sua devoção fervorosa que a levou a seguir Jesus até a cruz(Mc 15.40,47) e sua alegria intensa expressada a Jesus no jardim depois da ressurreição (Jo 20.1,11-18) não deixam dúvidas que ela experimentou de forma profunda o amor do Senhor. Esse mesmo amor a libertou da possessão demoníaca e restaurou sua dignidade, aceitação e paz.
    As Escrituras trazem vários relatos de sofrimento associado aos papéis femininos: mãe, esposa, irmã, filha, amiga. Um exemplo é Maria, mãe de Jesus. Como consequência de sua sinceridade e obediência, ela se viu exposta a um sofrimento que se manifestou de várias maneiras. Colocou em risco o seu noivado com José (Mt 2.14-15); sofreu quando Jesus deixou o âmbito exclusivo da família e passou para o âmbito inclusivo do reino de Deus (Mt 3.31-35); e por fim, passou pela agonia de ver a morte cruel de seu Filho no calvário. No entanto, como outros temas bíblicos, o sofrimento não tem a última palavra, pois com a ressurreição de Jesus, as flechas que traspassaram a alma de Maria foram transformadas na alegria que todo cristão experimentará quando Cristo voltar.
    A história da mãe sunamita e seu filho, por sua vez, oferece-nos uma compreensão mais profunda do sofrimento intenso experimentado em particular pelas mães que perdem um filho amado (2Rs 4.8-37). Compaixão e tragédia se combinam no relato sobre o relacionamento entre o profeta Eliseu e a família rica de Suném que o acolheu. É evidente que a esterilidade da sunamita não a tornou uma pessoa amargurada, pois ela se mostrou profundamente hospitaleira. Em decorrência da hospitalidade que ofereceu ao profeta, ela foi abençoada com um filho. Que alegria maior uma mulher poderia ter do que a bênção de dar à luz? Ao mesmo tempo, que sofrimento maior poderia suportar do que a dor provocada pela morte de um filho? Como em muitos relatos bíblicos do sofrimento, a dor não é menosprezada, mas a promessa de vida se manifesta na fé e obediência dessa mulher que levaram seu filho a ser ressuscitado.

Veja também tópicos sobre Adversidade (At 5); Família (Gn 32; 1Sm 78; 127); Preconceito (At 15); Maridos (Jó 31; 2Co 6); Sofrimento (Sl 33; 1Pe 5); Esposas (Pv 31); Prisioneiros (Is 61).

Fonte: Bíblia da Mulher
Publicado por Ana Oliveira
    

quarta-feira, 23 de junho de 2021

Os Quatro Impérios Mundiais

 


    O rei Nabucodonosor da Babilônia meditou sobe o rumo que a história tomaria após a sua morte e recebeu uma visão de Deus de uma grande imagem metálica. Deus deu ao jovem profeta Daniel a interpretação para essa visão. Daniel disse ao rei que o sonho simbolizava os grandes reinos mundiais que seguiriam após a morte de Nabucodonosor. Daniel descreveu a grande imagem metálica como o corpo de um homem com cabeça de ouro, peito de prata, um abdômen de bronze, pernas de ferro e pés e dedos feitos de uma mistura de ferro e argila.
    Na visão de Nabucodonosor, uma pedra "cortada sem mãos" (2:34) de repente destruiu esta magnífica estátua, destruindo os pés de ferro e argila e triturando e reduzindo o resto dos metais da imagem a pó. A pedra se tornou uma grande montanha e preencheu toda a terra.
    Daniel interpretou esse sonho curioso como uma profecia clara dos quatro impérios do mundo do futuro que governariam a terra desde a morte de Nabucodonosor até o estabelecimento do reino do Messias. Tal como a profecia de Daniel, os quatro impérios apareceram na ordem exata em que Daniel disse que surgiriam. E, apesar dos repetidos esforços, nenhuma nação teve sucesso em consolidar um quinto império mundial para substituir a antiga Roma. O Império mundial final será o Reino do Messias. A visão de Nabucodonosor é descrita conforme abaixo: 

A Grande Imagem de Daniel
Símbolo: Cabeça de Ouro, Peito de prata
Império: Babilônia, Medo-Pérsia
Profecia: "Tu és esta cabeça de ouro" (2:38)
                     "Depois de ti levantar-se-á outro reino inferior ao teu" (2:39)

Símbolo: Abdômen de Bronze
Império: Grécia
Profecia: "E um terceiro reino de bronze, o qual assumirá o governo de toda a terra" (2:39).

Símbolo: Pernas de Ferro
Império: Roma
Profecia: "E o quarto reino será forte como ferro... ferro quebra em pedaços... e quebra tudo" (2:40).

Símbolo: Dedos dos pés de ferro e argila
Império: Dez nações
Profecia: "E nos dias destes reis o Deus do céu irá erguer um reino, que nunca será destruído" (2:44).

    Em 608 a.C., o império babilônico sob o governo do rei Nabucodonosor era forte, poderoso e reico, digno de sua posição na cabeça da imagem. Mesmo assim, conforme previsto por Jeremias (veja Jr 25:12), a Babilônia foi destruída dentro de um período de setenta anos pela ascensão dos medo-persas sob o governo do rei Ciro. Em uma noite os medos e persas conquistaram o reino da Babilônia, enquanto o rei da Babilônia, Belsazar, festejava em seu palácio. Usando os vasos do templo em Jerusalém para fins profanos, Belsazar parou com sua orgia quando o dedo de Deus escreveu o veredito de seu julgamento sobre a parede do palácio. Daniel, agora um ancião, e provavelmente esquecido pelos novos governantes após a morte de Nabucodonosor, foi convidado pela rainha mãe para interpretar a escrita. Daniel interpretou para Belsazar o julgamento divino: Deus decidiu terminar o reinado de Belsazar; Belsazar tinha sido julgado e "encontrado em falta" (5:27) e o reino de Belsazar seria dividido e "dado aos medos e persas" (5:28).
    O rio Eufrates cortava a poderosa cidade da Babilônia. As áreas fluviais eram guardadas com portões fortes de bronze. Enquanto Belsazar festeja, o exército rebelde medo-persa, sob a liderança de Dario, desviou o rio Eufrates para que quando o seu leito se esvaziasse, os soldados medo-persas pudessem passar por debaixo dos portões que guardavam o rio em direção ao centro da cidade. Embora Daniel tenha sido promovido ao terceiro lugar mais poderoso no Reino da Babilônia, ele ocupou essa posição por apenas algumas horas antes de a cidade cair nas mãos de Dario (veja 5:30).
    A imagem de Nabucodonosor simbolizava o segundo império como um peito de prata. Isso indicava que o próximo império seria mais forte, visto que a prata é um metal mais forte do que o ouro, mas de valor inferior. Exatamente como a visão de Nabucodonosor, os medo-persas levantaram enormes exércitos poderosos em batalha, ainda assim lhes faltavam a nobreza e riqueza da babilônia. O império medo-persa durou apenas 207 anos até que foi destruído pelos exércitos velozes de Alexandre, o Grande em uma batalha climática em 331 a.C.
    O terceiro império mundial foi simbolizado pelo bronze, um metal mais forte do que a prata, porém de menor valor. O império grego, com base em governos democráticos das cidades-estados gregas, quebrou seu império mundial em quatro divisões lideradas por quatro generais de Alexandre. Em uma visão complementar de um bode que movia-se rapidamente, que é descrita no cap. 8, Daniel previu que o império grego destruiria os medo-persas (representandos por um carneiro). A história registra que o agressivo Alexandre, o Grande determinou sua vingança contra os persas pelo ataque anterior do rei Xerxes à Grécia. O jovem Alexandre conquistou o mundo conhecido do Mediterrâneo até a Índia com apenas 32.000 homens em menos de dez anos.
    O governo de Alexandre na Grécia foi curto, mas cheio de conquistas. Depois de conquistar o antigo porto de Tiro em 332.A.C., ele prosseguiu com a intenção de destruir a cidade de Jerusalém porque os judeus haviam resistido às suas ordens. Quando Alexandre se aproximava da cidade, ele foi recebido pelo sumo sacerdote do templo e informado de que Deus tinha revelado ao profeta Daniel, mais de 300 anos antes, sobre o surgimento de um grande rei que iria surgir da Grécia e subjugar todo o mundo. Quando o sacerdote mostrou a Alexandre as profecias exatas nas antigas Escrituras, Alexandre comoveu-se de tal modo que foi ao templo para prestar adoração e deu ordens para não destruir Jerusalém ou a terra de Israel.
    Entretanto, Daniel também profetizou que, no auge do governo de Alexandre, o chifre do bode seria quebrado "... E no lugar dele surgiram quatro chifres notáveis, em direção aos quatro ventos do céu." (8:8). Quando Alexandre morreu, repentinamente, em tenra idade, ele não deixou nenhum herdeiro como sucessor. O grande império foi dividido entre seus quatro generais principais, exatamente como Daniel havia previsto 300 anos antes.
    Dividida em quatro, o Grécia continuou a governar das fronteiras da Índia para a Europa, de 331 a.C. até o ano 63 d.C., quando o exército romano sob o governo do general Pompeu adentrou o Santo dos Santos e instalou suas guarnições romanas em toda a Palestina, ocupando a fortaleza norte do templo, que mais tarde foi chamada de a Torre de Antônia em homenagem a Marcos Antônio.
    A ocupação de Pompeu na Palestina marcou o fim do Império grego. O quarto império mundial da visão de Nabucodonosor foi representado como duas pernas fortes de ferro que quebravam em pedaços tudo o que se colocava diante do império. Esse quarto império mundial foi Roma. Uma das características do império romano era sua incrível força militar, e Roma transformou as várias partes do seu império em uma enorme máquina militar. Combinando força com uma polícia e um sistema judicial eficientes, Roma suplantou completamente os três reinos anteriores. A influência de Roma foi difundida que ainda hoje, depois de dois mil anos, muitas das nossas instituições governamentais, burocracia, códigos judiciais e línguas são baseados nos sistemas utilizados no império romano.
    O quarto império mundial da visão da visão de Nabucodonosor dominou o mundo da época mais do que qualquer um dos outros três. Exatamente como previsto, o império romano dividiu-se em duas partes após o governo do imperador Constantino. O braço ocidental tinha sua sede em Roma, e o braço oriental do império era governado a partir de Constantinopla (atual Istambul, Turquia). Os bárbaros acabaram com a influência de Roma no ocidente em 476 d.C., enquanto o braço oriental do império romano tornou-se conhecido como o império bizantino e continuou seu governo até sua derrota pelos turcos em 1453 d.C.
    A última parte do sonho de Nabucodonosor dizia a respeito à fase final dos impérios do mundo representados pelos dez dedos dos pés de ferro e argila. Deus claramente previu que nos dias imediatamente anteriores ao estabelecimento do reino messiânico da pedra que do monte foi cortada, "sem mãos" (2:45), haveria um reavivamento final do império romano, consistindo de dez nações unidas em uma confederação. Desde o renascimento de Israel como nação em 1948, a Europa começou a se unir cada vez mais como uma federação por razões econômicas, comerciais e de segurança.
    Em 1948, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) foi formada para defender a Europa contra a ameaça dos exércitos reunidos da Rússia comunista. Em 1957, muitas nações europeias se uniram em uma confederação de relações comerciais e econômicas. Em 1992, as nações europeias se reuniram para discutir decisões futuras rumo à plena integração das economias, utilizando um sistema econômico, um sistema monetário comum, bem como uma capacidade de defesa e política externa comuns. Hoje, os quinze estados membros pertencem à União Europeia, criando uma das maiores potências econômicas, políticas e militares do mundo ocidental. Daniel profetizou sobre uma federação unida sob o império romano reavivado. Pela primeira vez em dois mil anos, uma Europa unida seria capaz de cumprir esta profecia específica.

Fonte: Bíblia Jeffrey - Estudos Proféticos
Publicado por Ana Oliveira

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Estudo Bíblico 118 - As Lições Espirituais do Número 60 (Nm 7.88)

 

Introdução
    Nesse texto sagrado por três vezes o número 60 é mencionado. O número 60 simboliza a comunidade do povo de Deus, ofertaram para a expiação e o sacrifício pacífico 60 carneiros, 60 bodes e 60 cordeiros (Nm 8.88). O número 60 nos transmite a ideia da unidade que deve existir entre o povo de Deus.

A importância do número 60 nas Escrituras
1. Em Gn 25.26, é dito que Isaque se tornou pai de Esaú e de Jacó aos 60 anos de idade. Aos 60 anos, Isaque era ainda muito jovem, vivendo por 180 anos, três vezes 60 (Gn 35.28).
2. Em Lv 27.3, lemos que a "avaliação" do homem com idade entre 20 a 60 anos era de 50 siclos de prata.
3. Em Lv 27.7, as Escrituras afirmam que a "avaliação" do homem de 60 anos para cima era de 15 siclos.
4. Em Nm 7.88, os 12 príncipes de Israel, representando a totalidade da comunidade do povo de Deus, ofertaram para a expiação e o sacrifício pacífico 60 carneiros, 60 bodes e 60 cordeiros.
5. Em Dt 3.4, Moisés afirma que o reino de Basã, que Israel conquistou, era constituído por 60 cidades.
6. Em Ed 6.3, o templo edificado sob a liderança de Esdras tinha 60 côvados de altura e 60 côvados de largura. O templo com essas dimensões representa a comunidade do povo de Deus reunida ali para adorar ao Senhor!
7. Em Ct 3.7, é dito que a "liteira" de Salomão era guardada por 60 valentes.
8. Em Mc 4.20, Jesus afirma que o crente vive em constante progresso espiritual continua frutificando na proporção de 60 por 1, até atingir 100 por 1.
9. Em At 2.44-45, o povo de Deus é descrito vivendo em comunidade: "Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade". 
10. Em At 2.46, é apontada a unidade que deve existir na comunidade do povo de Deus: "e, perseverando unânimes todos os dias no templo partindo o pão em casa em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração".

Conclusão
    O número 60 nos ensina sobre a necessidade que temos de pensar na comunidade do povo de Deus como um só corpo, e cada membro desse corpo deve preocupar-se com o bem-estar de todos os demais membros, e não apenas de si mesmo, como se fosse um membro isolado do corpo (Sl 133.1; 1Co 12.12-26).

Fonte: Bíblia do Pregador Pentecostal
Publicado por Ana Oliveira

segunda-feira, 14 de junho de 2021

IDOLATRIA O Culto a Falsos Deuses

 


    Na antiguidade, os ídolos - ou seja, imagens ou espectros - eram, com frequência, transformados em deuses visíveis confeccionados por artífices. A idolatria é um ataque direto à natureza fundamental de Deus. No Novo Testamento, ela é associada a pecados sexuais (Gl 5.19-20), desejos malignos, cobiça (1Co 5.11; Ef 5.5; Cl 4.5) e todas as atitudes e práticas que levam as pessoas a se desviarem do evangelho de Jesus Cristo (1Jo 5.18-21).
    Tudo aquilo que requer de nós a lealdade e a glória que pertencem somente a Deus é um ídolo (Sl 95.3; Is 42.8). Por isso, os ídolos são detestáveis aos olhos de Deus (Jr 4.1). Eles provocam seu zelo (Sl 78.58), sua ira (Dt 32.16) e até sua abominação (Jr 44.4).
    Os ídolos são coisas sem importância confeccionadas segundo a imaginação humana (Sl 31.6; 1Co 8.4). Não obstante, são associadas à feitiçaria e atividades demoníacas que constituem uma ameaça espiritual extremamente real (2Cr 33.5-7; Mq 5.12-13; Gl 5.20). A idolatria e o cristianismo são inteira e absolutamente incompatíveis (2Co 6.16) e, portanto, os cristãos são admoestados a se guardar dos ídolos (1Jo 5.21).

Veja também Is 44.9-20; Jo 1.4, nota; tópicos sobre Religião das deusas (Êx 2); Heresias (1Co 1); Ocultismo (Dt 18); Paganismo (Jr 7); Feitiçaria (1Sm 15).

Fonte: Bíblia da Mulher
Publicado por Ana Oliveira